Pedindo palavra, a tela em branco me expõe súplicas absurdas de que até palavras sujas lhe são bem vindas. O esforço para mantê-la limpa, sem palavras e tipos mal ajambrados, é pequeno perante essa vontade de experimentar palavras como num mercado de frutas. O desenho que se faz na tela é o desejo de ser lido, ouvido, pois palavras se fazem sussurros e, quando lidas na madrugada, são nossas únicas companheiras. Suporto o silêncio de uma boca, mas o silêncio de uma pena, isso, não.
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