Sou assinante da revista Exame da Editora Abril, pois recebo uma bolsa de minha empresa. O valor deve ser empregado em publicações de caráter econômico. Outras revistas com as quais me identifico não estão inseridas neste espectro, como Carta Capital e Caros Amigos (desta última, sou assinante há mais de dois anos, compulsoriamente). Lá estava eu folheando a edição desta quinzena e me assusto com mais uma bolsa "empregada" pelo Governo Lula. A obra "jornalística" é de um tal J.R. Guzzo, do qual discordo frontalmente a ponto de passar batido por seus artigos a cada edição. Mas o uso do termo "bolsa-dossiê" foi criminoso. Mais uma vez, o PIG se utiliza de factóides para manchar a reputação de uma funcionária do Governo Federal.
A vítima: Erenice Guerra.
O crime: montou um dossiê contra FHC.
O prêmio: nomeada ao Conselho Fiscal do BNDES.
O jornalista considera uma mordomia a senhora Erenice Guerra receber R$ 3.500,00 por mês, mais despesas de viagem ao Rio de Janeiro, onde se encontrará uma vez a cada 30 dias para reuniões do Conselho. Palavras do criador de clichê:
- "É realmente um problema. O BNDES é obrigado por lei a manter um Conselho Fiscal (...) Trabalho, com certeza, não é. (...) O presidente da República, que até os 29 anos de idade foi operário e se orgulha de conhecer melhor do que ninguém, neste país, o significado do verbo 'trabalhar', jamais descreveria como 'trabalho' o ato de ir uma vez por mês a uma reunião no Rio, com ar-condicionado, água gelada e cafezinho."
Vamos, então, rever os adjetivos dados em outra publicação da Editora Abril, a revista VOCÊ S/A, que adora enaltecer o "trabalho" dos executivos que dividem suas funções em empresas com participações em conselhos de outras tantas empresas. Alguns participam em mais de 3 conselhos de empresas diferentes, muitas vezes, sem qualquer semelhança de setor ou negócios com os quais estão habituados a lidar. Por essas pérolas que eu não faço questão de acompanhar artigos assinados por gente desprovida de fundamentos para elaborar uma crítica a este Governo que está aí.
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