Notinha falada no Jornal Nacional e comemorada na emissora de televisão. Um projeto de mudança do fuso horário na Região Norte foi aprovado em alguma comissão no Congresso Nacional. O negócio foi tão rápido, sem vinheta, sem ilustração, mas esteve lá. Fui pesquisar outra coisa que há muito não vejo nos noticiários: a portaria 1.220 que determina as regras de classificação indicativa para programas televisivos.
Por esta notícia estampada no sítio da Câmara dos Deputados, as emissoras desta região teriam até 7/4/2008 - segunda-feira passada - que adequar suas grades de programação. Ou seja, vemos que a Globo vem costurando por fora um projeto de lei pra retirar pelo menos 1 (uma) hora dos fusos brasileiros. Dessa forma, o oeste do Pará e do Mato Grosso entrariam no chamado "Horário de Brasília". Começa assim. Daqui a pouco, o galo vai estar cantando no Acre na mesma hora que na Paraíba, que fica a uns 6 mil quilômetros de distância.
Enquanto isso, o processo de padronização, de hegemonia, que começou com a ditadura vai se perpetuando. O regionalismo da comunicação é passado para trás pela força das redes de televisão. Não só pela Globo, mas por todas as outras que insistem na formação de redes universais que não respeitam as características locais e que não dão espaço para criação de experiências de comunicação nas comunidades.
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