terça-feira, 10 de junho de 2008

Petistas e Comunistas nas Eleições 2008

Incrível. Quando a gente pensa que pode unir dois partidos que representam a esquerda numa coligação, vemos o quanto estamos longe disso. Analisando 4 capitais onde os dois partidos podem sair com candidaturas próprias, acho que onde o trabalho de coligação é mais real seja Belo Horizonte. Depois da malfadada - mas não enterrada - experiência Pimentel-Aécio, considero que aqui seja o lugar mais propício para uma dobradinha PT-PCdoB, porém sem candidatos à vista. No Rio de Janeiro, onde a comunista Jandira Feghali tem amplas chances de ir a um segundo turno, o PT pode dar um sinal de apoio visto que o PMDB abandonou a candidatura do petista Alessandro Molon. O PT, no entanto, fica ressabiado em dar apoio a outro partido no território fluminense desde a fracassada aliança PT-Garotinho. A questão é: Jandira não é Garotinho. Pelo contrário, Jandira representa o que há de melhor na política brasileira. É uma mulher combativa, inteligente e ciente do trabalho que promove para o esclarecimento de assuntos importantes do meio sócio-econômico e ambiental brasileiro. O que pode sabotar a candidatura de Jandira Feghali é uma artimanha utilizada na última eleição para o Senado, em que ela foi vítima de panfletos apócrifos de "católicos fervorosos", haviam até padres a serviço de um candidato da "direitona" fluminense.

Em São Paulo, o sapato da esquerda aperta novamente. O PT anda sozinho na candidatura Marta Suplicy e o comunista Aldo Rebelo não admite ser vice da petista. Ele não abre mão de encabeçar uma chapa puro-sangue de esquerda. Marta sai na frente, pois apresenta um eleitorado cativo. Talvez ganhe a eleição sozinha, pois a centro-direita paulista anda meio desunida. Ainda por cima - ou seria por baixo? - o PP anunciou que Paulo Maluf "está de volta". Como diriam os antigos, quem é "vivo" sempre aparece. Em Porto Alegre, a comunista Manuela D'ávila é a novidade. Ao invés dos gaúchos fortalecerem um chapa de esquerda, está lá também a petista Maria do Rosário. Se aproveitassem o momento de crise da governadora tucana Yeda Crusius, ambas as candidatas de esquerda poderiam disparar nas intenções de voto. O escândalo no governo gaúcho é maior do que todas as crises propagadas pela mídia anti-PT, mas não é relatado de forma franca no noticiário nacional. Imagino que nem no noticiário local. Nem parece que faltam menos de 4 meses para as eleições.

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