Dois perfis que nada parecem aos formatados nas "revistas de negócios". Daniel Dantas e Eike Batista são desfigurados - no sentido próprio de desmanchar a exacerbação do executivo eficiente - em dois tópicos da revista. O primeiro é descrito com presteza por João de Barros e Clara Dias. O histórico do banqueiro é esparramado com talento nas três páginas que tratam dele. Informações novas para mim, como o emaranhado de empresas que formam o Grupo Opportunity, o fato de Dantas ter sido consultor do PFL - hoje, Democratas -, a defesa do confisco da poupança no Governo Collor, as informações privilegiadas, os grampos. O segundo, Eike Batista, é retratado por Palmério Dória em sua coluna Picadinhas. Outras sacadas que não tinha parado para analisar: o empresário sabia onde cavar para achar ouro. Auxílio do pai? Quem sabe! Do Espírito Santo não foi.
Outro retrato
No meio da matéria sobre Daniel Dantas, uma pérola jurídica no melhor sentido da palavra: o jurista Dalmo Dallari fala sobre o ministro Gilmar Mendes, autor dos dois artifícios chamados habeas corpus que mantiveram Dantas fora das grades. Dallari é fino na descrição de Gilmar desde seus tempos de Advogado Geral da União durante o Governo FHC. A Caros Amigos deste mês, só por estas duas matérias, tá valendo mais que o preço de capa. Confira.
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