Dia de votação. Em frente ao Cemitério Israelita, no bairro Jaraguá, um sujeito distribui "santinho" de seu candidato-cunhado. Avisei: "Isso não pode..." Nas imediações, seções eleitorais no Colégio Anita Brandão e no Clube Jaraguá. Na volta da seção onde votei, lá estava o sujeito, tranqüilamente, abordando outros eleitores. Um carro preto espalhava dezenas de santinhos, atirados pela janela do veículo, 15 horas da tarde. Procuro um telefone para denunciar o fato e não encontro. No site do TRE-MG, o cartaz para registro de denúncias continua indisponível. O motivo: o grande número de denúncias de propaganda irregular. Na entrada do Clube Jaraguá, já havia um sinal. Uma garotinha dizia para a mãe: "Ele é um ladrão". A referência era ao político mais influente do Estado. Se eu dou voz de prisão ao meliante que tentava surrupiar votos em plena luz do dia ou ao sujeito que poluiu a rua naquele instante, talvez não estivesse aqui digitando estas palavras, visto que as autoridades parecem não estar muito preocupadas com essas atitudes lamentáveis, produtos de um crime eleitoral chamado abuso de poder econômico.
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