A herança de Eurico Miranda

Neste momento, o Vasco da Gama joga seus últimos minutos na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. A herança de Eurico Miranda é presente, mesmo se vencesse a partida contra o Vitória, o clube cairia para a segunda divisão devido aos outros resultados de seus concorrentes diretos. Roberto Dinamite não irá começar do zero no ano que vem porque o Vasco não está recomeçando nada, o Vasco não acabou, o Vasco é maior do que a herança maldita de um dirigente irresponsável como muitos outros dirigentes irresponsáveis deste país. A torcida não apóia malandro, por isso Dinamite foi eleito presidente do Vasco após a Ditadura de Eurico.

Roberto Dinamite trouxe transparência ao clube e novos patrocinadores que sabem que a marca Vasco do Gama vale muito. O período de trevas acabou. Não será uma atuação na segunda divisão que manchará a história desse clube, o primeiro a abrir espaço para a diversidade brasileira. Nessa hora não se pode ter memória curta. A corja espreita. A corja desrespeita os profissionais que batalharam nesse ano histórico do clube. Nunca na história deste país, um presidente trouxe à tribuna um presidente de outro clube. Nunca na história deste país, o futebol foi feito com paixão e paz como Dinamite tem feito.

Atraiu apoio de outras personalidades futebolísticas de clubes rivais, porém não inimigos. Os tempos belicistas de Eurico passaram. Os Vasco não passará. Ele permanece. Ano que vem, bola pra frente. Sou Vasco da Gama eternamente! As piadas há muito têm ocupado meus ouvidos. Faz parte da expressão clubística, muitas vezes maior do que o amor pela Seleção Brasileira. Quem, aqui, não torce mais pelo seu clube do coração do que pela seleção? Eu torço. O Vasco se renovará e voltará a ganhar.