Não me habituei ao anúncios de desempregos crescentes. Vejo cada anúncio como uma tentativa chantagem. Empresas que dependem dos recursos do Governo chantageando o próprio Governo e seus trabalhadores. Outro dia, um comentarista de rádio me informou que grande parte dos investimentos em empresas exportadoras vem do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o mesmo fundo de onde saem os seguro-desempregos. Se esses recursos, que deveriam sanar temporariamente a vida de trabalhadores desempregados, estão sendo apropriados por empregadores, e estes empregadores estão demitindo, de onde tiraremos dinheiro para apoiar famílias vítimas de uma crise não explicada?
A Vale (ex-CVRD, ex-estatal) demitiu muitos por causa de uma "crise mundial" e anunciou o maior lucro da história, mais de R$ 21 bilhões em 2008. Se ela, que é uma empresa com um lucro deste tamanho, está demitindo, por que outras empresas não podem demitir? Uma pergunta cínica, sem respostas à altura na imprensa grande que depende de anúncios da mineradora. Por trás das últimas demissões veio uma tentativa de reforma de cláusulas trabalhísticas. As empresas grandes buscam a flexibilização de contratos de trabalho. O Governo, muito tardiamente, veio com a obrigação de contrapartidas sociais para quem tomar dinheiro do BNDES. Vamos ver quem atenderá os requisitos.
Vamos ver se a imprensa para de agir como assessoria de comunicação corporativa e começa a cobrar das empresas responsabilidades sociais verdadeiras e não apenas aqueles contos de fadas descritos em "selos de qualidade" sócio-ambiental tão em voga nos serviços de relações públicas imiscuídos em informes publicitários de rádios, revistas e televisões.
A Vale (ex-CVRD, ex-estatal) demitiu muitos por causa de uma "crise mundial" e anunciou o maior lucro da história, mais de R$ 21 bilhões em 2008. Se ela, que é uma empresa com um lucro deste tamanho, está demitindo, por que outras empresas não podem demitir? Uma pergunta cínica, sem respostas à altura na imprensa grande que depende de anúncios da mineradora. Por trás das últimas demissões veio uma tentativa de reforma de cláusulas trabalhísticas. As empresas grandes buscam a flexibilização de contratos de trabalho. O Governo, muito tardiamente, veio com a obrigação de contrapartidas sociais para quem tomar dinheiro do BNDES. Vamos ver quem atenderá os requisitos.
Vamos ver se a imprensa para de agir como assessoria de comunicação corporativa e começa a cobrar das empresas responsabilidades sociais verdadeiras e não apenas aqueles contos de fadas descritos em "selos de qualidade" sócio-ambiental tão em voga nos serviços de relações públicas imiscuídos em informes publicitários de rádios, revistas e televisões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário