sábado, 5 de junho de 2010

Não acredite na Copa do Mundo

Olha. Poucas vezes eu vejo um evento esportivo ser tratado como o fim dos tempos. É o caso da Copa do Mundo. Estão financiando televisões como se o consumidor não precisasse pagá-las depois da Copa. Errado. Os jogos duram poucos dias. A televisão - e o financiamento que vem junto - dura alguns meses, talvez anos. Eu não sei se vou torcer novamente para o Brasil. A última vez que fiz isso eu casei. Como não preciso de outro casamento, acho que vou torcer para a Argentina. A minha crítica contra a seleção do Dunga é que, novamente, privilegia os jogadores que já estão com a vida feita fora do país. Então, talvez, eu nem devesse torcer pela Argentina. Imagino que a seleção do Maradona siga o mesmo exemplo. Torcerei para quem? Para a Coréia do Norte? Acho que nenhum daqueles jogadores praticam futebol fora do país. É difícil para eles. Se pisarem fora da Coréia do Norte podem ser vítimas de rendições extraordinárias e chamados de terroristas. Outro dia eu li que o Zimbábue negou realizar um amistoso com os norte-coreanos. No dia seguinte, os jogadores do Zimbábue jogaram contra o Brasil e pagaram uma fortuna por isso. Agora, eu leio que a FIFA impôs à Coréia do Norte usar o 23º jogador selecionado pelo país como goleiro, apesar de não ser goleiro. Coisas da vida. Coisas do capitalismo. Coisas do esporte? Não, da política interferindo no esporte.

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