quinta-feira, 23 de junho de 2011

E agora, José?

Ontem, véspera de hoje, sentei num dos bancos da Igreja São José. Meu nome é José, lia uma livro de José Saramago e o personagem principal do livro Todos os Nomes é o Sr. José. A leitura não foi levada durante a missa, não. Foi feita num intervalo, quando a igreja fica silenciosa. Depois, no segundo ato, um rapaz começou a ler nomes de pessoas, vivas e falecidas, e de seus familiares. Interrompi minha atenção do livro, fechei-o, assim como meus olhos, e comecei a orar silenciosamente. Uma vez por semana tenho ido a igrejas. Só dessa vez depositei uma contribuição. Não me foi pedido. Foi de coração. Não sou religioso de carteirinha. Prefiro assim. Prefiro a liberdade de crer ou não crer. A Igreja São José é um lugar muito bonito. No centro movimentado de Belo Horizonte. Tem uma acústica maravilhosa. Uma ou duas vezes, na noite de ontem, meus olhos se inundaram de emoção. Foi durante o canto. Juro que não entendia muitas palavras emitidas por um velhinho lá da frente, talvez, o padre ou bispo. Não conheço essas definições. Mas quando uma mulher entoava cânticos, era emocionante. Se fechamos os olhos durante o canto e miramos a cabeça para o alto, abrindo-os em seguida, parece que estamos no céu. É uma sensação boa, mesmo que semanal.

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