segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pará Despedaçado

O plebiscito que será promovido no segundo semestre de 2011 para medir a opinião do eleitor paraense sobre uma possível divisão do Estado do Pará em três (Pará, Carajás e Tapajós) mostra o desespero da população, de um lado, e o despreparo político, de outro lado. A democracia está sendo jogada nos canais de esgoto que se lançam das cidades amazônicas nos rios da região. É uma vergonha a opção pelo caminho fácil da partilha do Estado do Pará entre políticos indignos de mandatos de representação eleitoral. O eleitor paraense ainda não entendeu a força da democracia. Com péssimos representantes políticos provenientes das tradicionais legendas (PSDB, PT, PMDB, DEM, PTB, PP etc.), estes são levados aos mandatos pelos próprios eleitores. A troca de cadeiras é promovida a cada eleição, pois o que entra age pior que o sai e, assim por diante, retornam os antigos "donos" das cadeiras, rodiziando a representação política. O Pará carece de meios de comunicação viários (estradas, portos e aeroportos) e informacionais (jornais, TV e rádios). Essa carência é a arma da continuidade de projetos políticos fracassados. A divisão do Pará retoma o poder dos coronéis, amplificando as possibilidades de julgo para os mesmos personagens que se beneficiam da ausência estruturas e infra-estruturas, que se beneficiam da ausência do Estado (educação, trabalho, saúde e segurança). A divisão criará novas oligarquias regionais nos novos Executivos, Legislativos e Judiciários. Oligarquia é a antítese da Democracia.

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