terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ex-trabalhadores versus Trabalhadores

A pior derrota é aquela em que do outro lado da mesa de negociação sentam ex-trabalhadores. Hoje, todos esses ex-trabalhadores agem como consultores do governo ou de empresas. Esses ex-trabalhadores balançam a cabeça negativamente para qualquer reivindicação dos trabalhadores, pois encontram-se agora em outro nível profissional, em outra realidade. Com a garantia de mandatos eleitorais, cargos públicos e comissões em empresas públicas e privadas, esses ex-trabalhadores agem em favor do capital. Quando um trabalhador reivindica uma jornada de trabalho menor, com base na Lei, o burocrata de plantão toma as dores do patrão e apresenta vários obstáculos para as mudanças solicitadas. Os obstáculos são desculpas esfarrapadas para inibir o crescimento da economia. Empresas lucrativas que não repartem os lucros com seus empregados e que não oferecem reajustes salariais no mesmo nível desses lucros não agem para o crescimento da economia, apropriam-se do trabalho e tentam diminuir os benefícios aos seus trabalhadores. Alegam uma crise que só aumenta as diferenças entre ricos e pobres. Se existe uma crise atualmente, essa crise é moral. O lucro sem contrapartidas sociais é imoral. E não adianta propagar imagens e palavras sobre responsabilidade sócio-ambiental, se a riqueza das empresas provém de danos sociais e ambientais. Todo o apoio aos profissionais da educação, dos Correios e dos bancos, que trabalham para um patrão insensível a demandas sociais.

Nenhum comentário: