quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Greve dos Bancários: negociação retomada e...

... as velhas artimanhas do Sindicato dos Bancários de BH e Região.

O Comando Nacional de Greve e a Febraban retomaram hoje as negociações. Quem sabe se tire uma proposta melhor e mais séria do que a anterior. Vamos ver como agem os negociadores de ambos os lados. A categoria reivindica 12,8% de reajuste, jornada de 6 horas - conforme determina a CLT -, benefícios presentes em acordos anteriores e fim do assédio moral.

O que seriam "velhas artimanhas"? No início desta campanha salarial e pela qualidade do trabalho bancário, presenciamos assembleias mais livres, com liberação do microfone para todos os bancários. Com a chegada das chuvas, a direção do sindicato restringiu a participação dos bancários a 5 intervenções por assembleia. Intervenções divididas entre os dirigentes sindicais e os demais bancários. Hoje, novamente com a desculpa da chuva, a direção do sindicato diminuiu para 3 participações ao microfone.

Com isso, o trator Fernando Neiva foi apresentando na última intervenção o que ele, o Sindicato, queria.

E decidiu-se o quê? Decidiu-se a continuidade da greve e o que nós, bancários da base não desejávamos, uma assembleia na sede do sindicato em "horário livre". O que seria "horário livre"? A assembleia de amanhã será realizada após um "ato" em frente à Caixa da Rua Carijós, esquina com a Rua Espírito Santo. O "ato" foi marcado para as 15 horas e a assembleia será realizada posteriormente na sede do sindicato em "horário livre". Ou seja, pode ser às 16h, às 17h, às 18h ou às 19 horas.

Alguns bancários desejavam realizar a assembleia às 15 horas e promover o "ato" depois. Por quê? Porque achamos que depois de um silêncio abissal dos banqueiros, precisamos discutir nas bases quaisquer propostas vindas da mesa única antes de qualquer decisão apressada. Já vimos em outras oportunidades a direção sindical direcionar decisões sem qualquer crítica das bases. Por isso, consideramos que as assembleias sejam realizadas em horários apropriados, com a participação maciça dos bancários que estão em greve. A prorrogação de horário de assembleias para depois do expediente bancário tira das mãos dos grevistas a decisão sobre o fim ou a continuidade da greve.

Sabemos também que independentemente do horário, os pelegos nomeados pelas direções dos bancos estarão nas assembleias para derrubar a greve. Porém, entendemos que os bancários que estão em greve preferem assembleia durante o expediente bancário, pois alguns estudam após o mesmo e, dessa forma, estariam apartados das decisões.

Apoiamos também a assembleia única para decisões, pois a greve foi aprovada em assembleia conjunta da categoria. Estamos de olhos abertos às artimanhas dos dirigentes sindicais sobre qualquer tentativa de separação dos bancários. Entendemos que se os bancários do Banrisul, no Rio Grande do Sul, rejeitaram as propostas daquele banco - mesmo fora da mesa única da Fenaban -, para dar unidade à campanha dos bancários, os dirigentes sindicais em Belo Horizonte não podem afrontar a categoria bancária separando-os em assembleias distintas.

A sede do Sindicato dos Bancários de BH e Região fica na Rua Tamoios, 611, no Centro, entre as ruas Curitiba e Paraná.

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