
Eu venho pensando no transporte público nos últimos dias. Basicamente, porque eu passo quase duas horas horas dentro de ônibus e porque eu passo pelo menos uma hora, uma hora e meia esperando ônibus.
O problema do transporte público não é o ônibus. O problema do transporte é causado pela massa de carros e seus condutores semi-analfabetos que não conseguem, ou que não fazem questão de enxergar sinais vermelhos e faixas de pedestres.
O impacto de veículos que carregam em média menos de duas pessoas causa nos centros e principais vias de Belo Horizonte congestionamentos intermináves. Os trabalhadores perdem tempo no trânsito vendo a vida passar. Um tempo que poderia ser passado com a família se esvai por avenidas como Antônio Carlos e Cristiano Machado. O anel rodoviário é outra via que se fecha num funil nos horários de pico.
Alternativas: pedágio na região central, rodízio de veículos, reanálise das linhas de ônibus. Neste último caso há necessidade de se estudar outro modelo para as linhas da capital. Às vezes, parece que todas linhas passam pelas mesmas avenidas. Alteração dos tempos nos semáforos. Tem sinal no centro que dura dez segundos para pedestres. Tem momentos que para se atravessar uma avenida se espera três minutos, ou mais.
Se não fossem os morros, eu ia para o trabalho pedalando.
Aliás, se disserem aqui em BH "Pedala, Robinho!", ele é capaz de responder: "Cê é louco, mano!"
Foto: José Cristian S. Pimenta
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