Há muito tempo eu queria comentar aqui o que vejo todo dia pela manhã na Carijós, no centro de BH. Uma rua com passeio grande. Quando digo passeio, leia-se calçada. Então. No passeio da Rua dos Carijós o que se vê é uma quantidade considerada de ofertas de cartão de crédito. Ali na rua mesmo, você é abordado por pelo menos três "promotores de venda" de três empresas diferentes. Os espaço é curto e o movimento é grande entre Curitiba e Paraná. O que no mapa do Brasil representa um espaço dente do outro - da capital de um Estado - no "centro financeiro" é menos de um quarteirão.
Um banco que anunciou um prejuízo altíssimo depois de apostar em dívidas imobiliárias nos Estados Unidos oferta "à rodo" cartões sem muita exigência, apenas identidade e CPF. Como diria um colega de trabalho: "no passado eu tinha interesse em abrir conta nesse banco, mas com essa popularização aí mudei minha perspectiva". A instituição significava status por estas bandas. Mas, a "popularização" do crédito pessoal no país levou pra rua um batalhão de "mascates" de empréstimos e as ofertas "tentadoras" para uma população desinformada sobre a importância das "letrinhas miúdas" levará muita gente, no curto prazo, para os cadastros de negativação de crédito.
Cartão de crédito no país, se não houver subsídio por decreto e ou recursos federais, é um assalto a mão armada. O rotativo do cartão que é rolado mês a mês vira um poço sem fundo e, agora, com o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), é bom ficar atento para as "letrinhas miúdas" do extrato do cartão.
P.S.: Hoje, quando cheguei do trabalho, dormi umas quatro horas. Tomara que desta vez eu não vá dormir pra lá das seis da manhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário