sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

CPI da Tapioca

O Brasil é cheio de figuras. O boteco desse povo se chama Congresso Nacional. A sessão mais famosa na casa é a do cafezinho, onde rivais que chegam às raias da loucura em pronunciamentos sentam, calmamente, e conversam sobre o time do coração, sobre a mulher do próximo. Hoje - e quase todos os dias desta última semana -, no programa "geriátrico" A Voz do Brasil, ouvi do Mão Santa que deve-se acabar com o cartão corporativo (se não foi o Mão Santa, me perdoem os leitores e o próprio, porque o tom era de Mão Santa, senador pelo Piauí). Noutro dia, o bulldog Heráclito Fortes - por coincidência, do Piauí, também - usou toda a sua dicção para levantar suspeitas sobre o uso de cartões corporativos. Gente! Volta a entregar cheque na mão desse povo, então! Porque era dessa forma que se pagavam os gastos no dia-a-dia. Que o sujeito tirasse a batata da boca para falar besteira no boteco da esquina, não no Senado, onde os que ali estão têm o dever de legislar, votar projetos e desenvolver o país. Essa picuinha política, essa sanha não levará a lugar nenhum o Brasil, muito pelo contrário, o faz regredir a tempos coronelísticos onde uns se instalam nos Poderes para promoverem a própria imagem e poderem barganhar nos setores produtivos suas aposentadorias ainda em vida política partidária.

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