Mais uma vez os italianos escolhem o caminho da direita, elegendo Sílvio Berlusconi. O homem que já comanda o setor privado volta a ter nas mãos o setor público. A aliança que o elegeu, convenhamos, se vingar, dá sustentação ao governo dele por no máximo seis meses. Apoiado por separatistas do norte e os dependentes estatais do sul, Berlusconi entra em cena apenas para negociar em seu favor, como das outras vezes. Pretende estabelecer monopólio na transmissão do calcio (campeonato italiano), manter a Alitalia (companhia aérea) sob o comando italiano e deve flexibilizar mais ainda as relações de trabalho e deixar o mercado à solta, do que jeito que o diabo gosta. Aqui no Brasil direitistas como estes que elegeram Berlusconi - e o próprio - encarnam o nome de (sic) democratas.
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