sábado, 16 de agosto de 2008

Os caminhos que levam ao centro da cidade

Conheço dois. Em Belo Horizonte, conheço duas artérias que pulsam veículos e poluição: Cristiano Machado e Antônio Carlos. Duas avenidas que no horário de pico o melhor que se faz é picar a mula dali. Sexta-feira, feriado em BH, dia de trabalho para alguns, de folga para outros, me juntei aos primeiros. Num suspiro cheguei ao serviço. Não havia motociclistas, não havia carros. O ônibus fez sua tarefa. Em menos de 30 minutos, dei entrada no meu ponto eletrônico. Em dia "normal", levo até uma hora para percorrer o mesmo trajeto. As obras na Antônio Carlos - neste feriado - pareceram não fazer sentido. Amplo corredor, com faixas delimitadas para coletivos e individuais. Quando falo de transporte individual, não me refiro somente às motos. Já diagnostiquei que o mal do transporte individual - veículos de cinco lugares transportando uma pessoa - atinge sete, às vezes oito, veículos de cada dez.

À noite, vi uma matéria sobre a cobrança de pedágio urbano. Exemplo: Londres. Antes, aplicado apenas no centro da capital inglesa, o pedágio se extendeu para a região oeste da cidade. Segundo a reportagem, fora da área de pedágio o trânsito em Londres é igual ao de qualquer megalópole brasileira. Alguns brasileiros foram entrevistados - lá e cá - demonstrando que a grande preocupação não é quanto ao preço do pedágio e, sim, se funcionaria no Brasil. Isso poderia não corrigir tudo. De repente, da noite para o dia, não haver mais congestionamentos. Porém, daria uma ajudinha às pessoas que precisam se locomover em tempo satisfatório. Perder uma vida no trânsito não estava nos planos de ninguém.

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