O poder das Olimpíadas na modalidade jogar-más-notícias-para-debaixo-do-tapete se mostrou nestas últimas semanas. O primeiro incidente - em terras chinesas -, um massacre de opositores ao governo chinês numa província no extremo leste do país. O segundo incidente - na Geórgia, berço de Josef Stálin -, o retorno da Guerra Fria, Rússia de um lado, Estados Unidos do outro. Apesar da gravidade dos dois casos, não há espaço para este tipo de assunto em meio aos jogos olímpicos e sua receita publicitária astronômica. O pessoal da televisão quer faturar. Até quem não transmite os Jogos tem de se submeter ao noticiário das medalhas. Até o momento, para o Brasil, tem se mostrado um fiasco. Favoritos caindo antes do degrau máximo. Ainda faltam algumas semanas para caírem as máscaras de heróis olímpicos. Acho que deveriam haver cerimônias de devolução de medalhas. Aquele momento em que exames anti-doping mudam a história dos quadros de medalhas. Que graça tem um medalha de prata receber um ouro depois de meses? Não pôde ouvir seu hino nacional. Já estou eu envolvido na fascinação dos jogos olímpicos. Voltando aos dois atentados: 1) a China é perversa; 2) os imperadores jogam com vidas inocentes.
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