Joelmir Beting afirmou que nos últimos três anos o crescimento do setor automobilístico ultrapassou os 100%, com média de 30% ao ano. Leio na revista Exame que três montadoras norte-americanas correm risco de falência. Bancos batem lucros recordes. O mercado financeiro pune os investidores sem explicação digna de análise. Só falam da crise. Os lucros de empresas como Petrobras e Vale não refletem nos preços das ações, que despencaram para infelicidade de muitos e para alegria de poucos, que agora aumentam suas participações nestas empresas comprando ações por metade do que valiam um ano atrás. O dinheiro sumiu do mercado, dizem. Linhas de crédito governamental surgem para cobrir os "buracos da economia" privada. O prejuízo é distribuído. Os lucros, não.
No mundo dos pequenos
No programa do Gugu, ele submete toda semana um representante do povo a jogos em troca de pagamento de dívidas. O eleito, no entanto, tem que participar de uma brincadeira ridícula e, muitas vezes, passar pelo maior vexame. No programa Caldeirão do Hulk, o apresentador faz o mesmo em quadros de reforma de casas e automóveis. Não basta a pessoa ser sorteada, pra ganhar o prêmio tem que rodar bolsinha. A exploração midiática é tamanha que o espetáculo compensa pessoas com prêmios que no mundo real não precisariam ser distribuídos dessa forma. Cada um deveria ter a chance de reformar seu imóvel ou, até mesmo, comprá-lo.
O Governo cria linhas de financiamento para pessoas de renda baixa, porém imóveis que custaram 40 mil são vendidos a investidores por 70 mil, 100 mil, 120 mil. Não se financia para morador. O financiamento é para investidores que vão explorar trabalhadores por meio de aluguéis. A periferia das cidades cresce, afastando trabalhadores dos centros, ao mesmo tempo que imóveis vagos aumentam nas regiões centrais. A política do capital não tem contrapartida social. Os lucros não são repartidos, apenas os prejuízos.
No mundo dos pequenos
No programa do Gugu, ele submete toda semana um representante do povo a jogos em troca de pagamento de dívidas. O eleito, no entanto, tem que participar de uma brincadeira ridícula e, muitas vezes, passar pelo maior vexame. No programa Caldeirão do Hulk, o apresentador faz o mesmo em quadros de reforma de casas e automóveis. Não basta a pessoa ser sorteada, pra ganhar o prêmio tem que rodar bolsinha. A exploração midiática é tamanha que o espetáculo compensa pessoas com prêmios que no mundo real não precisariam ser distribuídos dessa forma. Cada um deveria ter a chance de reformar seu imóvel ou, até mesmo, comprá-lo.
O Governo cria linhas de financiamento para pessoas de renda baixa, porém imóveis que custaram 40 mil são vendidos a investidores por 70 mil, 100 mil, 120 mil. Não se financia para morador. O financiamento é para investidores que vão explorar trabalhadores por meio de aluguéis. A periferia das cidades cresce, afastando trabalhadores dos centros, ao mesmo tempo que imóveis vagos aumentam nas regiões centrais. A política do capital não tem contrapartida social. Os lucros não são repartidos, apenas os prejuízos.
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