sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dando um tempo no Vespertino

O Grisalho Vespertino tem andado mudo em função da decepcionante campanha salarial dos bancários este ano. O esquartejamento da última assembleia no dia 09/10 me causou uma revolta interna contra a representação sindical. Representaram, tal qual atores, um papel que deve diminuir mais ainda a crença dos bancários em seus sindicatos. Uma campanha de mesa única mostra mais uma vez que os bancários da Caixa levam a greve na raça, os bancários do BB vão tomando coragem no decorrer da greve e, finalmente, os bancários de instituições privadas em São Paulo decidem quando parar.

Os bancários de Belo Horizonte obtiveram uma vitória no dia anterior à fatídica sexta-feira 9. A vitória transformou-se em derrota quando, surpresos, vimos uma direção sindical alinhada aos chamados pelegos. Dois dias antes, os dirigentes diziam que aquela greve era forte e que estava conquistando mais adesões a cada dia. Citavam agências que paralisavam suas atividades. Chamavam mais bancários para a greve. De repente, um "aumento real" de 1,5% tornou-se para os dirigentes uma grande conquista. Um outro ponto de isonomia obtido, a acumulação de abonos e possibilidade de venda deles, virou a tábua de redenção.

Como sempre, discutimos pouco antes da greve e o pouco que se discutiu ficou embaçado pela campanha baseada em índice de reajuste. Promessas futuras de debates também foram assinadas por ambos os lados. Esqueceram que o bancário é o mais importante na campanha salarial. Na próxima campanha, será difícil obter apoio deles. Eu continuo a falar sobre isso outro dia. Ainda temos muito o que conversar.

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