terça-feira, 7 de setembro de 2010

7 de setembro: 188 anos de Independência e 3 anos de blogue

Três anos atrás, iniciei as atividades como blogueiro. Quando o 77 pontos chamava-se O Grisalho Vespertino e o Encontros Marginais chamava-se O Grisalho Noturno. É muito bom poder escrever numa plataforma de longo alcance como a rede mundial de computadores. Mesmo com poucos leitores, no caso do segundo blogue, e com um número razoável de seguidores, no primeiro blogue, ou seja, neste aqui.

Independência. Que poder tem essa palavra. Imagine independência associada à palavra liberdade. Com certeza, durante séculos, isso não pode ser registrado. Qualquer um que empunhasse bandeiras com essas palavras sofria logo um ataque dos órgãos de "segurança" dos Estados. Antes da tecnologia, publicar um folheto ou um simples pasquim dependia de recursos financeiros, uma impressora e muita coragem. Durante muito tempo, para dar vazão a ideias, alguns corajosos deviam se aventurar pelas noites e madrugadas, escondidos, distribuindo papeis com palavras divergentes daquelas compradas pelas elites.

Hoje, o meio tecnológico propicia isso e muito mais. Propicia, por exemplo, a divulgação de trabalhos de músicos, artistas gráficos, escritores e de outros profissionais. Os blogues, para todos os gostos e para todas as tribos, romperam com a ditadura da informação. Hoje, muitas pessoas se sentem melhor informadas pelos blogues do que pelos velhos jornais impressos. Comprometidos com receitas publicitárias dos meios privado e governamental, tais publicações não dependem mais de leitores. Cresceram a tal ponto que dependem de verbas de anunciantes. Ou seja, o foco dos jornais deixou de ser o leitor e virou o anúncio. Com isso, a verdade também foi jogada no rodapé de páginas internas. Nas capas e primeiras páginas, somente interesses são publicados.

Por isso resolvi utilizar essa ferramenta. O blogue permite que eu exponha minhas ideias, meus pontos de vista, meus comentários sobre assuntos que não seriam possíveis de discutir numa folhinha impressa. Apesar de minha formação em Comunicação Social, com habilitação em Rádio e TV, felizmente não precisei me vender para empresas de comunicação - conhecidas também como empresas de desinformação. Trabalho em outro meio, do qual tiro o meu sustento, e dessa forma não preciso prestar contas a nenhum anunciante, não preciso esconder nenhuma informação por causa de um comentário emitido por um executivo de empresa que, coincidentemente, pague o meu salário. Não é o caso aqui. O blogue é meu e não bato cartão aqui para esconder informações importantes para os leitores. Não sou submetido a um editor que age mais como bedel de empresas patrocinadoras, ou como bedel de partidos políticos.

É isso. Independência, Brasil! Independência para a comunicação! Independência para as pessoas que desejam comentar, divulgar, enfim, enriquecer os meios tecnológicos de informação independente.

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