terça-feira, 28 de setembro de 2010

Greve Nacional? Bancários?

Acabei de ler que os bancários entraram em greve. Pedem 11% de reajuste salarial, dentre outras reivindicações. Os patrões oferecem a reposição da inflação de 4,29%. Eu gostaria de entender o que os sindicatos de bancários chamam de nacional e o que os sindicatos entendem como bancários. No Banco do Brasil, por exemplo, muitos trabalhadores acham inútil fazer greve enquanto os funcionários de bancos privados continuam trabalhando. Na Caixa, idem. Inclusive, os trabalhadores da Caixa tem vários motivos para não aderirem a uma greve promovida pelos sindicatos. Nos últimos anos, eles participaram em maior número na greve e foram largados pelos outros bancários quando o Comando Nacional decidiu abandoná-los. A chamada mesa única inclui todos os bancários no mesmo balaio de negociações: privados e públicos. Nos anos FHC, os bancários públicos (BB, Caixa, Basa e Banco do Nordeste) ficaram vários anos sem reajuste salarial. Os bancários de instituições privadas, pelo contário, tiveram os seus reajustes anuais. Agora, na mesa única, quem faz grave é o funcionário público para o funcionário do banco do privado ganhar um reajuste maior. A certa altura das mobilizações mais desmobilizadas do sindicalismo brasileiro, o Comando Nacional dos bancários decide que funcionários do Itaú e do Bradesco encerrem a greve - que não fizeram - e tiram também - desmobilizam - os funcionários do Banco do Brasil. Os bancários da Caixa ficam sozinho e geralmente sofrem com esse abandono do Comando Nacional e dos demais bancários. Uma posição pessoal minha: não faço greve enquanto esse modelo de negociação e de formação dos sindicatos cutistas não mudar.

Nenhum comentário: