Já vi muita gente ser destruída pelo poder econômico dos inimigos. Quantos jornalistas independentes não perdem seus empregos todos os dias por escrever contra o poder econômico vigente na diretoria de seu jornal? Quantos jornalistas não perdem seus empregos por fazer críticas de governantes? Já vi jornalista passar mais tempo conversando com advogado do que exercendo sua profissão. Motivo: ações na justiça. Origem: políticos, empresas, insatisfeitos com a liberdade de expressão. A tal lista suja dos magistrados só vem promover o jogo do "quem bate mais ganha". Pelo que sei, até agora, só é incluído nesta lista que cometeu improbidade administrativa. Não são poucos. Porém, não se pode pré-julgar alguém só porque uma associação de classe resolveu promover um macartismo, uma caça às bruxas. Quando se coloca o jornalismo na roda, os próprios jornalistas são os primeiros a criticar essa generalização da denúncia. Qualquer um, com plenos direitos políticos, pode se candidatar. Os mesmos defensores desse tipo de lista desejam a diminuição do espectro partidário, a redução de legendas. Como se o bi-partidarismo fosse melhor do que a diversidade política.
Há muitos partidos políticos no Brasil? Há, não se pode negar. Não vamos, no entanto, começar uma campanha para dizer que partidos podem lançar candidatos, como se faz nos Estados Unidos. Lá, existe um partido verde, existe um partido socialista. A idéia de se diminuir o número de partidos é para facilitar a tomada de poder pelo capital. Investir - ou subornar - em dois partidos é mais fácil do que cooptar uma dezena, duas dezenas de partidos. Os comentaristas, de televisão e rádio, deveriam estar mais preocupados com a transparência da eleição. Deveriam usar seus espaços para explicar ao eleitor a importância de se conhecer a história de cada candidato, que compromissos cada um pretende cumprir. Esse artifício de reduzir a participação eleitoral - parlamentarismo - e de excluir candidatos e partidos é autoritarismo. Tenho dito.
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