terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Motoristas Irresponsáveis

No período de menos de oito horas ouvi dois comentários importantes sobre o mesmo assunto: a irresponsabilidade de motoristas. O primeiro, na noite de ontem, partiu do jornalista Boris Casoy. O segundo, hoje pela manhã, veio de outro jornalista, Ricardo Boechat. Na observação de Casoy, grande parte dos acidentes tem origem na condução irresponsável de veículos, com direção em alta velocidade, ultrapassagem em locais proibidos. No mesmo sentido, Boechat chamou atenção para estes problemas verificados em qualquer rodovia do país. Ambos comentam também a responsabilidade do Estado na manutenção de rodovias, as quais padecem de cuidados e sinalização, mas reiteram a necessidade de punição aos motoristas que cometem irregularidades no trânsito.

Órgãos de imprensa já divulgaram em outros momentos que a maioria dos acidentes ocorrem em estradas em boas condições, o que permite aos usuários excederem na velocidade e, consequentemente, causar desastres. No domingo, uma emissora de televisão mostrou a imprudência de motoristas que insistem em dirigir alcoolizados. Impunes, eles continuam a cometer delitos diariamente, pondo em risco a vida não só deles, mas de outras pessoas. Boris Casoy relatou um exemplo - péssimo exemplo -, visto numa estrada, em que um motorista dirigia falando ao celular com uma das mãos e na outra, a que mantinha no volante, levava um cigarro. Ou seja, descontrole total. Os órgãos de fiscalização não são onipresentes, por isso, sempre que possível deveríamos chamar a atenção destes motoristas.

Em Belo Horizonte, como pedestre sujeito ao risco de atropelamento, costumo sinalizar a alguns motoristas que eles estão cometendo infrações no trânsito, tais como fechar cruzamentos, não sinalizarem ao dobrar esquinas. Parece uma tarefa ingrata, mas se cada cidadão começar a fazer isso os motoristas terão que tomar consciência dos erros cometidos. Cada um é fiscal de sua consciência. Quando não agimos assim, outros o farão. E não adiantará dizer para o "outro" se meter com a vida dele. Vivemos em sociedade e estamos sujeito a isso todo dia. Se não quiser ser chamado à atenção, vá morar no meio do mato. Ainda me surpreendo com uma fábrica, não a de multas que foi alvo de todos os candidatos a prefeito na última eleição, mas à fábrica de recursos ao pagamento de multas. Tem anúncios diversos em vários jornais com dizeres singelos como "não pague multas". Depois queremos cobrar dos políticos responsabilidade e coerência.

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