domingo, 21 de junho de 2009

Condescendência pouca é bobagem

Alguém viu a erva-daninha que prolifera no Congresso Nacional? Todo dia surge um novo Sarney empregado lá. Tem filho, neto, genro, cachorro, gato, galinha. Um festival. Lembro que no início dessa novela toda tava lá o PMDB posando de santo e dizendo que era uma campanha para destruir a imagem do partido, que amealhou contra tudo e contra todos a presidência das duas Casas (Senado e Câmara).

Não é bem assim. O próprio senador Jarbas Vasconcelos, do Pernambuco, já havia cantado a pedra. Ele, um "emedebista histórico", já tinha se queixado publicamente sobre o caminho do PMDB na briga por cargos e loteamento de ministérios, secretarias e demais órgãos das esferas de governo. Não contávamos que, de repente, toda a árvore genealógica dos Sarney estaria localizada no Congresso Nacional, trabalhando ou não e recebendo seus salário caladinha.

Estamos no dia 21 de junho de 2009. José Sarney ainda está lá, exercendo a presidência do Senado, já derrubou governador no Maranhão e retornou às páginas dos jornais. Até quando ele permanecerá fazendo o que quer? O presidente Lula, a quem admiro, já disse que devemos respeitar a imagem do homem, porém sabemos que são palavras de respeito a alianças necessárias. Se o PT e sua base aliada de esquerda (PSB, PCdoB e PDT) tivessem um número maior de representantes no Congresso, não teríamos que aguentar esses tipos de alianças com PMDB e PTB.

Espero que na próxima eleição o povo brasileiro amplie essa base no Congresso elegendo mais deputados e senadores de esquerda. Já tá na hora de botar as múmias do Senado e do Congresso para fora. São as mesmas pessoas, o tempo todo, a cometer deslizes e colocar a faca na garganta de presidentes em troca de cargos. Chega dessa condescendência! A mudança deve se realizar em sua totalidade. Há sobrenomes que não merecem mais representar o povo brasileiro. A renovação do voto não se dá na simples transmissão de voto de um Sarney Senior para um Sarney Junior, se dá na mudança de representantes. Se o povo é maioria, porque não é maioria no Congresso?

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