Jader Barbalho e a politicagem paraense

Estou de férias em Belém. Por isso, tenho a oportunidade de acompanhar a política paraense via jornais diários (O Liberal e O Diário do Pará). O primeiro, meio que opositor de Jader; o segundo, porta-voz de Barbalho. O que se vê depois da derrota de Ana Julia Carepa (PT) ao Governo do Estado, é a velha política paraense: Jader Barbalho e "os seus" arranjando uma "boquinha" no Governo de Simão Jatene (PSDB). Após o rompimento com Ana Julia, ainda na vigência do mandato dela, porém sem abandonar a "boquinha", Jader Barbalho lançou um candidato "divisor" e se jogou naquela política que lhe é agradável. Como ressaltam alguns comentaristas dos jornais de Belém, "não existe oposição no Pará". O partido que fazia chapa também com o PT, indicando o vice de Ana Julia na campanha, se convidou para o governo eleito que lhe fazia oposição. Enquanto isso, o paraense vai escolhendo seus representantes políticos como aquele cliente que chega no final da feira: o menos pior. A questão é que não existe "menos pior". Ou é pior, ou é "mais pior". Por isso, as frentes políticas do interior pretendem rachar o Pará em três, dividindo assim os feudos políticos, ou currais eleitorais, para aparelhar os "futuros" Estados com parentes e afilhados políticos. As riquezas do sul e do oeste do Pará podem ser os últimos bens a serem surrupiados nesse jeito de fazer política: a politicagem.