segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sindicato dos Bancários: começou a choradeira!

O Sindicato dos Bancários de BH e Região anuncia: "Sindicato pressiona por mais segurança nas agências bancárias". O Sindicato dos Bancários de Brasília informa: "Sindicato continua com mobilização pela jornada de 6h e PCR no BB".

Afinal, onde estavam esses sindicatos durante a greve dos bancários este ano?

Ambas as questões faziam parte da pauta de negociações entregue aos banqueiros em agosto de 2011. Diante do silêncio dos patrões, os sindicatos-amigos-e-companheiros-dos-banqueiros iniciaram a "maior greve dos últimos anos" no final do mês de setembro. E diante de novo silêncio dos banqueiros, pasmem, aceitaram a primeira esmola e encerraram a greve depois do feriado de outubro.

E a segurança? E a jornada de 6 horas? E o plano de cargos e salários? E a saúde do bancário?

Bem, agora, que a classe trabalhadora foi desmobilizada, começa o chá das cinco, também conhecido como mesas de negociações específicas. É, realmente, esse o trabalho dos sindicatos dos bancários? CONTEC e CUT acham mesmo que isso é sindicalismo?

Nos próximos dias 16, 17 e 18 de novembro de 2011, bancário, vá à sede do Sindicato dos Bancários de BH e Região e mostre o seu desprezo por aquela direção e se oponha ao pagamento da taxa negocial de R$ 50,00.

Horário: das 9 às 18 horas.
Endereço: Rua dos Tamoios, 611, esquina com Paraná, Centro, Belo Horizonte, MG.

Leve por escrito a sua cartinha informando seu nome completo, matrícula funcional, nome do banco e números de sua agência e de sua conta corrente. E escreva: "Eu, Fulano, Beltrano ou Sicrano, venho por meio desta manifestar minha oposição ao pagamento da taxa de 50 reais conhecida como taxa negocial ou taxa de fortalecimento, pois não fui consultado sobre a mesma, não recebi nenhuma prestação de contas e, principalmente, não concordo com tal cobrança."

E não esqueça de levar duas vias da cartinha, redigida de próprio punho, para deixar uma no sindicato e protocolar a outra, trazendo-a de volta.

Fique de olho também na sua conta corrente!

P.S.¹: pelo acordo assinado pelos pelegos, os bancários deveriam pagar os dias de greve compensando a metade do período até 15/12/2011, até duas horas por dia.

P.S.²: diante disso, por que o sindicato dos pelegos estabelece esse horário para manifestação da oposição ao pagamento? não seria o caso de tais sindicalistas fazerem hora-extra, pagando o período de greve também, para permitir atendimento até as 22 horas?

domingo, 30 de outubro de 2011

A metáfora do vendedor de carros

Publicado no blog da Oposição Sindical Bancária de Belo Horizonte e Região Metropolitana, o texto "Bancário, venderam nosso carro com a gente dentro!".


domingo, 30 de outubro de 2011

BANCÁRIO, VENDERAM NOSSO CARRO COM A GENTE DENTRO!


Quando morei em Goiás, lembro de uma história real sobre um pastor que, decidido a mudar com a família para os Estados Unidos, resolveu vender sua igreja com a porteira fechada. Ele precisava levantar recursos para comprar as passagens e tirar o visto de toda a família dele. A expressão "com a porteira fechada" remete aos negócios envolvendo fazendas. Quando o fazendeiro resolve vender sua fazenda "com a porteira fechada" significa que ele vende com tudo dentro, desde a sede da fazenda até os animais e equipamentos. Então, voltando ao caso do pastor de Goiás, ele vendeu a igreja com todas as suas "ovelhas" dentro. Com isso, minha mãe, que era uma dessas "ovelhas", perdeu a confiança naquele pastor. Quando ele voltou dos Estados Unidos, ninguém mais confiava nele.

Por que contei essa história sobre o pastor que vendeu sua igreja "com a porteira fechada", se esse texto tem no título referências a bancário e a carro? Bem, a expressão "com a porteira fechada" é uma metáfora e recentemente, nós, bancários de Belo Horizonte, ouvimos uma nova metáfora na assembleia em que o Sindicato dos Bancários de BH e Região decidiu acabar com uma greve que durava 21 dias. A metáfora, dessa vez, foi a do vendedor de carros, que um dirigente do sindicato contou, justificando por que deveríamos encerrar a greve. Ele contou mais ou menos assim:

"Gente, negociar depende das duas partes em um negócio. Imagina que eu estou vendendo um carro por 20 mil reais e um comprador oferece 15 mil reais. Nós vamos negociar e chegar a um meio-termo. Se eu não abro mão dos 20 mil e o comprador não oferece mais que 15 mil, a negociação trava."

Exposto o argumento do dirigente sindical, vamos entender "a metáfora do vendedor de carros":

Carro: significa a greve dos bancários.
20 mil reais: significa o índice de 12,8% reivindicado pelos bancários.
Comprador: significa bancos.
15 mil reais: significa o índice de 8% oferecido inicialmente pelos bancos.

Então, o que o dirigente sindical quis dizer foi que o sindicato - o "vendedor" - vendeu a nossa greve para os bancos por 9%. Ou seja, muito mais próximo do preço oferecido pelo "comprador" do que do esperado pelo "vendedor". Será que o negócio foi bom? O "vendedor" acha que sim e nós, bancários, temos certeza que não. Porém, como o silêncio do "comprador" foi muito longo e os bancários já estavam cansados da incompetência do "vendedor", os bancários resolveram acatar a decisão do "vendedor" e encerrar a greve - ou "vender o carro".

Bem, dentro da nossa greve - o "carro" - estávamos nós, bancários. O vendedor vendeu o nosso "carro" com a gente dentro! Ainda não terminou, bancário! O "vendedor" ainda cobrou nessa operação uma taxa de retorno dos bancários de Belo Horizonte: R$ 50,00 por ter intermediado o "negócio". Não sei se se trata de venda casada, de cobrança indevida, mas esse negócio cheira muito mal. E o "vendedor" ainda perdeu a confiança do seu cliente - nós, bancários.

Se houver um novo "negócio", que tal sermos todos chamados a discutir os valores e acessórios? Que tal mudarmos de "vendedor"?

José Cristian Pimenta - Bancário do Banco do Brasil
Bacharel em Comunicação Social pela UFG

Crise da Política e da Cidadania

O Partido Social Democrático (PSD), que nasce de uma cisão do grupo político conhecido como DEM-PSDB, como já li em alguns lugares será o "partido apolítico", nem de direita, nem de esquerda. Por que não dizer de centro? Trata-se de oportunismo político e eleitoral, pois pretende alcançar todas as frentes de poder, sejam municipais, estaduais e federal, e, quem sabe, galáticas!

Bem, depois desse comentário sobre o PSD - ex-DEM, ex-PSDB, ex-PFL, ex-PDS, ex-ARENA, ex-UDN -, falemos de outro partido em crise: o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que na rede já foi chamado de P... no C... do Brasileiro. O PCdoB é aquele partido de esquerda que cai para o centro e para a direita conforme as oportunidades se apresentam. Seu maior representante atualmente foi aplaudido pela bancada ruralista pela redação do Código Florestal e, recentemente, foi nomeado para o ministério do esporte. Chama-se Aldo Rebelo. E o ministério do esporte é com "e" minúsculo mesmo, pois distribui mais grana para federações, confederações e ONGs do que contribui para o Esporte com "E" maiúsculo.

Lamentável o papel do PCdoB! Aliado no PT no Governo Federal e do PSDB em Americana (SP), já foi coligado com o PFL em Goiás e apoiou mais governos do PSDB lá do que se poderia esperar de um partido de esquerda. Foi ao centro e à direita em uma mesma Unidade da Federação.

São esses partidos citados aqui que pretendem governar o Brasil municipal nas próximas eleições, em 2012. Todos com um pé na improbidade administrativa, na falta de decoro parlamentar, na pose de honestidade e sem uma base moral e um projeto de governo que coloque em destaque o principal interessado em tudo isso: o Povo.

Porque é o Povo que vota e é o Povo que paga impostos, mas não é o Povo que elege seus candidatos e que desvia emendas e recursos públicos. Não é o Povo que paga e que recebe propina. Não é o Povo que elabora os orçamentos. Não é o Povo que escolhe onde aplicar recursos.

Se fosse o Povo, primeiro, político ou servidor público desonesto nem tocava no dinheiro do Povo; segundo, o Povo escolheria aplicar os recursos em Educação, Saúde, Trabalho e Moradia ao invés de pagamentos de juros da Dívida Interna. O Povo vota, mas é o manipulador do fantoche político que orienta o serviço do eleito.

E o manipulador do fantoche tem vários nomes. Pode ser chamado de empresário, de lobista, de companheiro, de patota, de panelinha, de padrinho, de compadre, de amigo do peito, de irmão de minha mulher, de marido de minha filha...

Eleitor, não seja tolo, se for para fazer cagada na próxima eleição, use o banheiro! A urna é um lugar sagrado. Um sujeito corrupto com esse monte de manipuladores de fantoches acima não merece um mandato de 4 (quatro) anos, muito menos um de 8 (oito).

Se fizer questão de votar em alguém, separe seu voto pelo menos para um partido que não possui representação nas câmaras municipais da vida. Vote num PSTU, num PSOL, num PCB, num PCO, mas não vote em quem tem usurpado o poder do voto na manutenção de um sistema econômico, político e social que exclui você das decisões importantes do País.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A degeneração do sindicalismo cutista

Quem presenciou as assembleias da greve dos bancários em Belo Horizonte presenciou a degeneração do sindicalismo cutista. O braço sindical do Partido dos Trabalhadores (PT), conhecido como CUT, conduziu com maestria as assembleias, reduzindo o debate e omitindo dados das campanhas que ocorriam Brasil afora.

Qual o sentido do sindicalismo, se dirigentes sindicais atuam como policiais em assembleias? Qual o sentido do sindicalismo, se dirigentes sindicais reduzem o debate, tornando as assembleias apenas atos de consagração de seus próprios dirigentes?

Estivemos diante, por diversas vezes nessa Campanha Salarial, da ditadura sindical, com aparatos preparados para destruir qualquer um que tomasse o microfone para informar, para comunicar, para esclarecer. Com um jornal pobre de ideias e rico de fotos, o Sindicato dos Bancários de BH e Região manteve a publicação como porta-voz do presidente do sindicato, Clotário Cardoso.

As bases tinha espaço nas fotos, encabeçadas por toda a trupe do sindicato. Apenas ali. No conselho editorial, no entanto, quem mandava era a direção sindical. Os mesmos textos foram utilizados do início ao fim da greve. O único bancário com voz no jornal do sindicato: Clotário Cardoso.

Nas assembleias, a democracia distorcida da direção do sindicato imperou: quem primeiro falasse poderia esperar o contraditório logo em seguida; inscrições de última hora, incluindo os próprios dirigentes, contornavam e detonavam qualquer chama de consciência. Do começo ao final da greve, o espaço para debate foi reduzido. Como? Primeiro, com a redução do tempo ao microfone. Depois, com a redução de vozes ao microfone.

É bem verdade que as assembleias tiveram quórum reduzido por diversos dias. Porém, é verdade que a greve de pijamas mostrou que muitos bancários, já vacinados, optaram por não participar do teatro do Sindicato dos Bancários de BH e Região. Todos conhecem os dirigentes que convocam os bancários para a greve, que afirmam que a greve é forte e que de uma hora para outra destroem toda a mobilização fechando acordos de cúpula, sem o debate com as bases.

Mobilização, aliás, é algo que o Sindicato dos Bancários de BH e Região não sabe fazer. Por quê? Porque não usa seus meios de comunicação para formar e informar. Porque optou pelo sindicalismo de resultados - pífios, é bem verdade, mas de resultados. Número é o que não falta para esses dirigentes sindicais avaliarem que a Mesa Única de negociação da Fenaban é um bem para os bancários. Esquecem que os resultados pífios que têm obtidos no setor mais lucrativo da economia poderiam ser maiores se houvesse um debate honesto, incluindo os trabalhadores da base nas negociações.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) mostra que sua prática está longe do discurso. Como correia de transmissão do PT, por exemplo, não podemos citar o Governo Federal e a presidenta Dilma Rousseff como patrões de uma grande parte dos bancários. A resposta do sindicato era sempre incisiva: não vamos politizar o debate!

Realmente, quando se tem no sindicato um partido inteiro, politizar o debate é uma coisa que não podemos fazer. Afinal, o sindicato representa trabalhadores ou partidos? E quando o partido em questão se arvora na expressão "trabalhadores"? Os sindicatos cutistas, no meu entender, são sindicatos de trabalhadores do Partido dos Trabalhadores.

E quando somos questionados por fazer política nas assembleias e o principal interlocutor é figurinha tarimbada de eleições pelo Partido dos Trabalhadores? Por exemplo, o diretor Fernando Neiva. E quando somos ameaçados de que a nossa atitude radical pode provocar um dissídio na Justiça? Vide os Correios. E quando somos chamados à greve e percebemos que a greve não é nossa, mas, sim, do sindicato?

Tenho muito orgulho de ter participado da greve dos trabalhadores bancários este ano, pois a greve da qual participei foi diferente do teatro armado pelo sindicato. Foi muito bom conhecer e trabalhar com as colegas Amanda Faria, Carine Martins e Lívia Furtado, e de muitos outros bancários anônimos, que não se postaram diante dos microfones do sindicato, mas que de alguma forma foram ouvidos pelos outros bancários em nossas palavras. Foi muito bom saber também que existem pessoas no sindicato que não compactuam com a tratoragem de seus dirigentes.

Quando afirmo que nós quatro trabalhamos durante a greve, é verdade. Trabalhamos duro para romper a ditadura do Sindicato dos Bancários de BH e Região. Cada palavra dura dos dirigentes contra nós fez uma cicatriz. Nós, que estávamos ali lutando pela unidade, pelo bem comum, ouvimos muita baixaria e ataques pessoais. Saímos limpos da greve. O mesmo não posso dizer, mais uma vez, dos dirigentes sindicais.

O retrato das últimas assembleias de greve dos bancários é sempre recheada de não-grevistas. Não vou registrar aqui a expressão "pelegos", pois esta cabe aos dirigentes sindicais que assim agem.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Greve dos Bancários (BH): o aparato da CUT

Vou começar esse texto com informação mais importante da assembleia dos bancários hoje em Belo Horizonte: foi decidida a continuidade da greve depois da "oferta" de 8,4% da parte da Fenaban.

Uma nova assembleia foi marcada pelo trator Fernando Neiva para o "horário livre" às 18h, com possibilidade de ocorrer depois desse período.

Novo "ato" do sindicato foi marcado para ocorrer às 16h em frente à Caixa da Rua Carijós, esquina com a Rua Espírito Santo.

Mais informações sobre a assembleia:

A direção sindical apresentou os informes da greve na Caixa e no Banco do Brasil e logo em seguida abriu-se a participação no microfone. Como foi definido em assembleia anterior pelo trator Fernando Neiva, somente 3 bancários poderiam falar ao microfone.

A primeira colega a falar foi Lívia Furtado. Demonstrando muito conhecimento sobre as reivindicações dos bancários, Lívia relembrou o que está em jogo nesta campanha: reajuste de 12,8%, valorização do piso - tendo como referência o calculado pelo DIEESE (R$ 2.297,00) - face aos atuais R$ 1.600,00, além de outros benefícios. Por fim, Lívia Furtado enfatizou que nessa campanha os negociadores dos trabalhadores não devem aceitar o corte de ponto dos grevistas, nem a reposição dos dias de greve.

A lei de greve estabelece que o ponto dos grevistas não pode ser cortado e não fala sobre reposição de dias de greve. Desse modo, os bancários não podem aceitar um punição como essa, pois se trata disso mesmo: punição. Ao final da greve, os trabalhadores que manifestaram oposição aos índices propostos pelos patrões não podem ser punidos pela greve que realizaram, visto que os índices e benefícios conquistados são compartilhados com toda a categoria, sem exceção.

A segunda participação foi minha. Eu, José Cristian Pimenta, funcionário do Banco do Brasil, comuniquei ao microfone o debate realizado no programa "Entre Aspas", da Globo News, em a apresentadora Mônica Waldvogel discutiu sobre greves e terceirizações com o professor José Pastore (USP) e Clemente Ganz Lúcio (DIEESE).

No programa foi relatado que como o setor bancário possui a menor carga tributária e oferece os maiores ganhos entre todos os setores da economia, nada mais justo do que um reajuste maior para os bancários. Afinal, os lucros dos bancos permitem um reajuste aos seus trabalhadores do que de outras categorias de setores diferentes. enfatizei que estamos em greve por um reajuste de 12,8%, muito pouco diante dos lucros obtidos pelos bancos.

Outro ponto que abordei foi a declaração de Eduardo Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, que afirma: "Precisamos desconstruir esse discurso de que aumento real gera inflação. Isso não é verdade. É uma falácia dos bancos que vem sendo propagada pela imprensa, pelo Banco Central e por integrantes do Governo Federal."

"Salários decentes não causam inflação. Pelo contrário, precisamos de aumento real de salários porque esse é um dos instrumentos para fazer distribuição justa de renda, capaz de movimentar a economia do país", conforme Eduardo Araújo.

Bem, o que veio depois disso, das duas falas conscientes de dois trabalhadores bancários, foi o acionamento do aparato da direção sindical. As 3 inscrições aumentaram para conter um número suficiente de representantes do sindicato. Na primeira fala, o fantasma da greve de pijamas foi ressaltado. Depois, o trator alertou os bancários contra a "radicalização" de alguns colegas. O chamado "pensamento único cutista" veio à tona. Outro fantasma foi citado, o do dissídio no TST. Ou seja, o "pensamento único cutista" foi despejado na assembleia para controlar os "radicais" que somente apresentaram os temas propostos na Campanha Salarial 2011 dos Bancários.

Foi assim: a toque de caixa, Fernando Neiva, dirigente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, votou e decidiu que na segunda-feira, às 16 horas, haverá um ato em frente à Caixa e em "horário livre" - entre 18h e Deus sabe quando - uma assembleia na sede do sindicato, localizado na Rua dos Tamoios, 611, entre a Curitiba e a Paraná.

Esse é o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região e nem temos ainda uma proposta decente por parte dos bancos, apenas 8,4% e muitas ameaças.

Colega, participe das assembleias e decida o seu futuro antes que o trator o faça por você.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Greve dos Bancários: negociação retomada e...

... as velhas artimanhas do Sindicato dos Bancários de BH e Região.

O Comando Nacional de Greve e a Febraban retomaram hoje as negociações. Quem sabe se tire uma proposta melhor e mais séria do que a anterior. Vamos ver como agem os negociadores de ambos os lados. A categoria reivindica 12,8% de reajuste, jornada de 6 horas - conforme determina a CLT -, benefícios presentes em acordos anteriores e fim do assédio moral.

O que seriam "velhas artimanhas"? No início desta campanha salarial e pela qualidade do trabalho bancário, presenciamos assembleias mais livres, com liberação do microfone para todos os bancários. Com a chegada das chuvas, a direção do sindicato restringiu a participação dos bancários a 5 intervenções por assembleia. Intervenções divididas entre os dirigentes sindicais e os demais bancários. Hoje, novamente com a desculpa da chuva, a direção do sindicato diminuiu para 3 participações ao microfone.

Com isso, o trator Fernando Neiva foi apresentando na última intervenção o que ele, o Sindicato, queria.

E decidiu-se o quê? Decidiu-se a continuidade da greve e o que nós, bancários da base não desejávamos, uma assembleia na sede do sindicato em "horário livre". O que seria "horário livre"? A assembleia de amanhã será realizada após um "ato" em frente à Caixa da Rua Carijós, esquina com a Rua Espírito Santo. O "ato" foi marcado para as 15 horas e a assembleia será realizada posteriormente na sede do sindicato em "horário livre". Ou seja, pode ser às 16h, às 17h, às 18h ou às 19 horas.

Alguns bancários desejavam realizar a assembleia às 15 horas e promover o "ato" depois. Por quê? Porque achamos que depois de um silêncio abissal dos banqueiros, precisamos discutir nas bases quaisquer propostas vindas da mesa única antes de qualquer decisão apressada. Já vimos em outras oportunidades a direção sindical direcionar decisões sem qualquer crítica das bases. Por isso, consideramos que as assembleias sejam realizadas em horários apropriados, com a participação maciça dos bancários que estão em greve. A prorrogação de horário de assembleias para depois do expediente bancário tira das mãos dos grevistas a decisão sobre o fim ou a continuidade da greve.

Sabemos também que independentemente do horário, os pelegos nomeados pelas direções dos bancos estarão nas assembleias para derrubar a greve. Porém, entendemos que os bancários que estão em greve preferem assembleia durante o expediente bancário, pois alguns estudam após o mesmo e, dessa forma, estariam apartados das decisões.

Apoiamos também a assembleia única para decisões, pois a greve foi aprovada em assembleia conjunta da categoria. Estamos de olhos abertos às artimanhas dos dirigentes sindicais sobre qualquer tentativa de separação dos bancários. Entendemos que se os bancários do Banrisul, no Rio Grande do Sul, rejeitaram as propostas daquele banco - mesmo fora da mesa única da Fenaban -, para dar unidade à campanha dos bancários, os dirigentes sindicais em Belo Horizonte não podem afrontar a categoria bancária separando-os em assembleias distintas.

A sede do Sindicato dos Bancários de BH e Região fica na Rua Tamoios, 611, no Centro, entre as ruas Curitiba e Paraná.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ernesto Che Guevara: Presente!

De Eric Nepomuceno, um trecho do que publicou no site da Carta Maior:

"Diz Eduardo Galeano, que conheceu o Che Guevara: ele foi um homem que disse exatamente o que pensava, e que viveu exatamente o que dizia."

Greve dos Bancários: assembleia 13/10/2011


Os bancários participaram novamente nesta terça-feira, dia 11, de assembleia da categoria em frente à Caixa da Rua Carijós, esquina com Espírito Santo. Decidiram pela continuidade da greve em virtude da falta de proposta da Fenaban. No dia 13/10/2011, nova assembleia será realizada em frente ao Itaú da Rua Carijós com a Rua São Paulo, no centro de Belo Horizonte, às 15 horas, para decidir o rumo da greve.

O diretor do sindicato Fernando Neiva avaliou que os banqueiros estavam aguardando o resultado do Tribunal Superior do Trabalho sobre a greve dos Correios. Com ameaça de corte dos dias de greve e de descomissionamentos - redução de três avaliações negativas para uma (no caso do BB) -, parece que a previsão do diretor do sindicato vai caminhando para sua concretização.

A questão que, infelizmente, tem sido sonegada pelos sindicatos refere-se à participação crucial do Governo Federal no entrave das negociações. As palavras pesadas da presidenta Dilma Rousseff e de sua ministra Miriam Belchior contra os grevistas, relembrando os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, silenciou a Fenaban após a recusa da categoria aos 8% de reajuste.

A Central Única dos Trabalhadores informa agora aos clientes bancários em alguns cartazes de greve o telefone da Fenaban. Ora, a Fenaban é o braço sindical da Febraban, é o sindicato patronal dos bancos. Quatro bancos federais estão na chamada mesa única e possuem o mesmo patrão: o Governo Federal (são eles: Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco do Amazônia e Caixa Econômica Federal). Gentileza, CUT, informar também aos clientes bancários o telefone da presidenta Dilma.

Vamos lembrar também que nos últimos anos o Banco do Brasil adquiriu alguns bancos e que os funcionários desses bancos não possuem os mesmos direitos dos bancários naturais do BB: Banco do Piauí (BEP), Banco Nossa Caixa (BNC) e Banco do Estado de Santa Catarina (BESC). E estão em discussão nessa campanha melhorias para esses bancários. Essas diferenças são heranças do presidente Lula, que fez o favor ao BB de manter outras diferenças deixadas pelo presidente FHC, as dos pré-98 e pós-98.

Em 2007, Lula afirmou que greves sem cortes de salários eram férias. Já este ano, voltamos a ler e ouvir as recomendações da equipe econômica da presidenta Dilma Rousseff sobre o controle da inflação, alegando que os reajustes salariais seriam um dos motivos do aumento da carestia. Com isso a incompetência da equipe econômica em controlar os índices inflacionários passa para o elo mais fraco da cadeia produtiva: o salário dos trabalhadores.

Enquanto os bancos propõem um reajuste de 8% - ou 0,56% sobre a inflação do período -, as escolas particulares já avaliam reajustar as mensalidades em 12% no começo de 2012. Outro dia, após mais de 100 dias de greve, o movimento dos trabalhadores da educação em Minas Gerais foi asfixiado pela Justiça e pelo Governo do Estado de Minas Gerais.

Resumindo, o Governo Federal do PT, do PMDB e demais partidos aliados e o Governo de Minas joga sobre os ombros dos trabalhadores as penalidades de uma economia altamente concentradora de renda nas mãos de poucos. Com isso, os bancos continuam apresentando os maiores lucros do mundo e os professores continuam recebendo salários de fome em Minas Gerais. E os funcionários dos Correios? Estes continuam à mercê de sua administração oriunda de conchavos políticos do Governo Federal. E ainda querem botar a culpa nos sindicatos e nos grevistas!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

GREVE dos BANCÁRIOS: assembleia às 18h na sede do Sindicato dos Bancários de BH e Região

Rua Tamoios, 611, Centro, Belo Horizonte.

Seria interessante apresentar as seguintes propostas em BH, reproduzindo com as devidas alterações o que o Movimento Nacional de Oposição Bancária mostrou em São Paulo:

1) Carta à presidenta Dilma pedindo abertura de negociações. Hoje o governo federal é o principal empecilho para as negociações. A carta à Dilma é uma forma de pressionar o governo a voltar à mesa de negociação para atender as demandas dos trabalhadores.


2) Passeata conjunta com outros setores em greve como correios e judiciário federal. Esta unidade serve para ampliar a pressão sobre o governo, repetindo o sucesso da passeata de sexta-feira passada (30/09).


3) Utilização da Folha Bancária (jornal do sindicato) como instrumento para organizar e fortalecer nossa luta, divulgando todas as propostas feitas pelos diversos bancos como os BRB, Banrisul e Banpará, em muitos aspectos superiores até mesmo à pauta apresentada pela CONTRAF-CUT à Fenaban. Devemos utilizar este jornal também para denunciar os gerentes assediadores, citando seus nomes, começando pelo gerente-geral do CSL do BB, Sr. Leonel, já famoso pela prática de assédio sistemático.


4) Não aceitar propostas que tragam o desconto dos dias parados ou sua compensação. O governo Dilma decidiu atropelar o direito de greve e, frente a qualquer greve, está pressionando pelo desconto dos dias parados para desmoralizar os grevistas. Foi o que tentou fazer nos correios, mas as assembléias não aceitaram. Por isso esta questão se transformou em estratégica para nossa luta hoje e nos anos vindouros.


5) Estabelecer o horário de 16h para as assembléias apreciar as propostas. O objetivo é dificultar a vinda de setores que não estão em greve e que só aparecem para votar pela aceitação da proposta.

Íntegra: MNOB

sábado, 8 de outubro de 2011

Kassab "conquista" 630 prefeitos e 6 mil vereadores

Você pode ler sobre essa anomalia político-eleitoral aqui. Qual a mensagem que fica dessa "notícia"? A mensagem que fica é a de um comentário sobre a própria notícia:

"Sabe o que está acontecendo de fato com os políticos que migraram para o PSD? Nos partidos anteriores eram oposição. Como estão cheirando as benesses do governo e nos antigos partidos não podiam, em tese, abocanhar o nosso dinheiro, então criaram um partido de 'centro' para oficializar a mamata. O eleitor precisa ser respeitado!" (editado) 

Enquanto a gente trabalha...

... os profissionais da política fazem isso. Publicado no Blog do Rovai: O escândalo das emendas e o esquema empresarial de corruptores.

Ontem, foi o último dia para filiação partidária e mudança de partidos para aqueles que desejam disputar vagas nas próximas eleições municipais, em 2012. Foi tanto lixo que eu vi se filiando a legendas de aluguel ontem que eu quase vomitei. Vomite, você, também na urna dos pseudo-políticos em 2012. Vote consciente.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Belo Horizonte: Assembleia dos Bancários no dia 10/10/2011

A próxima assembleia dos bancários da região de Belo Horizonte está marcada para ser realizada no próximo dia 10/10/2011, a partir das 18 horas, na sede do sindicato, localizado na Rua Tamoios, 611, no Centro.

É importantíssima a participação de todos os bancários que estão em greve. A greve dos bancários entrará em sua terceira semana e nenhuma resposta foi dada pelo sindicato patronal (Fenaban).

Outra informação importante é a notícia intitulada "Insistência de grevistas desafia o Palácio do Planalto e irrita o Governo", de Cristiane Bonfanti, publicada pelo Correio Braziliense hoje.

De acordo com a matéria, "a presidente Dilma Rousseff deu ordem para que o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) tenha pulso firme com os presidentes e diretores das companhias, em especial Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica Federal e ECT (Correios)."

Ainda segundo a reportagem, "o comando, dado pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, é para que eles concedam, no máximo, a reposição da inflação." Conforme outra notícia publicada hoje pelo Portal UOL, "a inflação nos últimos 12 meses é a maior desde 2005". O índice apurado é de 7,31%. A proposta dos banqueiros na Fenaban é de apenas 8%, índice muito inferior ao solicitado pelos bancários, que é de 12,8% mais cláusulas específicas sobre questões laborais e de saúde.

Enfatizando, a greve do ponto eletrônico fechado é importante, mas é crucial que os bancários em greve participem das assembleias, opinando, sugerindo e trazendo informações para as discussões e, principalmente, para as votações e encaminhamentos. Desse modo, todos juntos no próximo dia 10/10 na sede do sindicato.

Democracia na Luta Sindical

Quarta-feira, dia 06/10, durante assembleia dos bancários no centro de Belo Horizonte, fui surpreendido pela fala de uma colega de categoria. Ao microfone, essa colega com anos de serviços bancários nas costas desrespeitou uma jovem bancária do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB).

Felizmente, estamos num ambiente democrático e podemos apresentar ideias convergentes e, principalmente, divergentes. Quando os dirigentes sindicais reclamam das ausências nas assembleias de trabalhadores em greve de pijamas, precisamos respeitar aqueles que participam das assembleias e apresentam suas opiniões. Nós, bancários da base, sempre que tomamos o microfone para passar alguns informes e sugestões para a mobilização dos bancários somos contestados logo em seguida pelo "aparato" do Sindicato dos Bancários de BH e Região.

Nós, bancários da base, estamos participando das assembleias politicamente, pois é assim que podemos atuar para melhorar a campanha, mobilizando outros bancários. O que não podemos é ficar satisfeito com a comunicação deficitária do sindicato, que transmite a mesma informação em seu boletim desde o começo da greve. Não informa os bancários sobre outras lutas. Não informa sobre outras ações de mobilização com resultados positivos por parte de outros sindicatos. Não utiliza o boletim para comunicação e formação sindical.

Por isso, os bancários da base lançaram o boletim "Olhar da Base". Nele, há informações sobre a evolução da luta dos bancários contra a privatização dos serviços financeiros; informações sobre as campanhas de outros bancos que estão fora da mesa de negociação da Fenaban; além de comentários dos bancários da base. No boletim do sindicato, só o presidente tem voz. Uma vez ou outra, aparece o comentário de algum outro dirigente. Reivindicamos respeito aos bancários da base.

Os colegas que não ficarem satisfeitos com as intervenções dos bancários da base podem muito bem ficar apenas com as impressões dos dirigentes sindicais. Nessa assembleia, a direção do sindicato decidiu restringir o tempo e o número de comunicações ao microfone. Um gaiato comentou que somente bancários deveriam utilizar o microfone. Os sindicatos precisam das bases para se tornarem fortes. Respeitemos a liberdade de expressão. Além de bancários, somos trabalhadores e qualquer trabalhador ou cliente que apoie nossa greve deveria ter o direito de expressão em nossas assembleias.

O que a direção do sindicato teme? Que relacionemos a presidenta Dilma Rousseff, do PT, como patroa dos trabalhadores de bancos públicos? Sendo o Governo Federal o maior acionista do Banco do Brasil, eu me sinto muito disposto a questionar a posição da presidenta Dilma e do ministro Guido Mantega nas negociações com os bancários. Escondidos atrás da mesa do sindicato patronal, não se pronunciam sobre nossas reivindicações. E a greve continua, sem uma proposta decente dos banqueiros.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ex-trabalhadores versus Trabalhadores

A pior derrota é aquela em que do outro lado da mesa de negociação sentam ex-trabalhadores. Hoje, todos esses ex-trabalhadores agem como consultores do governo ou de empresas. Esses ex-trabalhadores balançam a cabeça negativamente para qualquer reivindicação dos trabalhadores, pois encontram-se agora em outro nível profissional, em outra realidade. Com a garantia de mandatos eleitorais, cargos públicos e comissões em empresas públicas e privadas, esses ex-trabalhadores agem em favor do capital. Quando um trabalhador reivindica uma jornada de trabalho menor, com base na Lei, o burocrata de plantão toma as dores do patrão e apresenta vários obstáculos para as mudanças solicitadas. Os obstáculos são desculpas esfarrapadas para inibir o crescimento da economia. Empresas lucrativas que não repartem os lucros com seus empregados e que não oferecem reajustes salariais no mesmo nível desses lucros não agem para o crescimento da economia, apropriam-se do trabalho e tentam diminuir os benefícios aos seus trabalhadores. Alegam uma crise que só aumenta as diferenças entre ricos e pobres. Se existe uma crise atualmente, essa crise é moral. O lucro sem contrapartidas sociais é imoral. E não adianta propagar imagens e palavras sobre responsabilidade sócio-ambiental, se a riqueza das empresas provém de danos sociais e ambientais. Todo o apoio aos profissionais da educação, dos Correios e dos bancos, que trabalham para um patrão insensível a demandas sociais.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bancários: orientações para a greve

  • A Constituição e a Lei de Greve garantem o direito à greve.
  • A greve é de todos, mas é importante que cada bancário faça a sua parte para a categoria alcançar seus objetivos.
  • Denuncie ao Sindicato o assédio moral e a coação dos bancos para furar a greve ou trabalhar em outro site ou por acesso remoto.
  • Se você for convidado para trabalhar durante a paralisação, não aceite. É contra a lei de greve. Grave o registro da mensagem de celular, com hora e data e encaminhe ao Sindicato.
  • Trabalhar em casa durante a greve, além de desrespeitar e enfraquecer a luta dos seus colegas, pode trazer problemas jurídicos, uma vez que isso não está previsto no contrato de trabalho.
  • Os bancos vão tentar confundir a categoria. Acredite apenas nas informações divulgadas pelo Sindicato.
  • Caso a polícia ou oficial de Justiça apareça, permaneça na agência sem fazer o confronto. Exija a identificação do oficial de Justiça, leia o ofício na íntegra, anote dados e comunique o coordenador e o Sindicato imediatamente.
  • Convença os colegas bancários sobre a importância da greve e da unidade da categoria. Convença-os a participar das manifestações em agências de outros bancos.
  • Informe os clientes dos motivos da greve, da exploração e desrespeito dos bancos com clientes e população. Procure ajudar a clientela.
  • Permaneça no comitê de esclarecimento pelo menos até as 16 horas.
  • Vá às atividades, reuniões e assembleias convocadas pelo Sindicato. Elas são importantes para debater e fortalecer a estratégia de mobilização para pressionar os banqueiros.

sábado, 1 de outubro de 2011

Supermercados, Táxis e Estacionamentos

Quem procura os supermercados da região do Jaraguá, em Belo Horizonte, não encontra táxi na porta dos estabelecimentos. Alguns meses atrás, a Prefeitura de Belo Horizonte mudou o tráfego na Rua Isabel Bueno - a principal do bairro. Com isso, algumas ruas adjacentes como a Conselheiro Galvão viraram mão única.

A Conselheiro Galvão era uma saída para quem procurava táxis ao lado do Supermercado BH. Com a mudança, o pequeno estacionamento ao lado do supermercado virou um depósito, impedindo a utilização da rua como ponto de saída dos táxis. A solução, um pouco perigosa e muito cansativa, é levar os carrinhos de supermercado até o outro lado da Isabel Bueno e subir a Manoel da Cruz até a Praça Brandão Amorim, onde se localiza um ponto de táxis. Em frente ao BH, deveria ser estabelecida uma vaga de táxi, para facilitar a saída do local.

Infelizmente, com todas as mudanças realizadas não privilegiaram esse meio de transporte. Com isso, as vagas na Isabel Bueno são disputadas por veículos particulares que costumam estacionar até nos pontos de ônibus das imediações.

Esse mês, procurei o Supermercado EPA, localizado próximo ao Aeroporto da Pampulha, e fiquei surpreso com a falta de ponto de táxis naquele estabelecimento. A impressão que tive é que os supermercados não se preocupam com os consumidores que não possuem automóveis. Os supermercados oferecem estacionamento para os clientes, mas aqueles que não têm carro ficam se aventurando pelas ruas do bairro à procura de táxi.

Na próxima vez, penso em sair do bairro e comprar numa rede de supermercados ou hipermercados, pois sei que haverá uma fila de táxis para transporte de consumidores em cada um deles. Menos no bairro Jaraguá.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bancários em Greve

Novamente, os bancários estão em greve. E reivindicam a manutenção de direitos e benefícios conquistados em campanhas anteriores. O reajuste pretendido é de 12,8%, muito pouco diante dos lucros dos bancos. Os bancários reivindicam também melhores condições de trabalho, segurança nas agências e fim de metas abusivas.

O sindicato patronal propôs reajuste de 8% sobre todas as verbas remuneratórias e os trabalhadores decidiram pela paralisação nacional. O estado de greve foi aprovado em assembleias do dia 22/09 e a paralisação foi iniciada no dia 27/09. Com ameaça de cortes pelos dias parados, os bancários aumentaram as paralisações e em algumas cidades têm realizado atos conjuntos com os funcionários dos Correios.

A partir de janeiro de 2012, o Banco Postal - correspondente bancário inserido em agências dos Correios - começa a ser operado pelo Banco do Brasil. Com isso, muitas das reivindicações dos bancários valem também para os funcionários dos Correios. Atualmente, o Banco Postal é operado pelo Bradesco.

A intransigência do Governo Federal une os trabalhadores, ameaçados pelo mesmo patrão no caso dos Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.

O uso político de algumas instituições interfere na negociação com os trabalhadores, pois essas instituições são dirigidas por políticos nomeados que não possuem conhecimento e experiência profissional. O compromisso não é com a empresa, nem com os trabalhadores dessas empresas. O compromisso desses políticos é com o "padrinho político", com o Governo Federal.

Segunda-feira, em Belo Horizonte, os bancários realizarão um ato às 11h30 em frente ao Bradesco da Afonso Pena com Tupinambás. Às 15 horas, nova assembleia será realizada em frente à Caixa da Carijós com Espírito Santo.

Para acompanhar a greve dos bancários:

- Participando das assembleias e atos em suas cidades;
- E pelos sites dos sindicatos.


Outros sindicatos podem ser consultados pelo Google:

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

E o PTB? Quem te viu, quem te vê...

O Partido Trabalhista Brasileiro, vide Roberto Jefferson, afirma em rede nacional de televisão que é contra a lista nas eleições e que também é contra o financiamento público de campanhas eleitorais. Realmente, quem recebia mensalão não pode ficar restrito a financiamento público de campanhas eleitorais. Além disso, o sistema atual permite que políticos do gabarito de Roberto Jefferson sejam eleitos à Câmara dos Deputados por causa dos "puxadores de voto". Que jogador de futebol ou ator/atriz de televisão entraria no PTB para ficar numa posição inferior ao senhor Roberto na lista partidária? Nenhum(a). Por isso, esse fenômeno recente das eleições brasileiras - os "famosos" - são tão necessários aos partidos-empresa: ajudam a eleger "mensaleiros" e "caciques" de legendas sem programas eleitorais ou sem vínculos reais com os eleitores. Quantos deputados e vereadores, depois de eleitos, renegam seus eleitores votando projetos e leis que vão contra os interesses de seus eleitores? E quantos eleitores notam essas "incoerências"?

sábado, 20 de agosto de 2011

Educação: greve em Minas Gerais

Já se passam mais de dois meses e o governo do choque administrativo de Minas Gerais não resolve atender as reivindicações dos trabalhadores da educação. Nenhum jornal em Minas Gerais se propôs a debater a greve. Nenhuma tevê em Minas Gerais levou o debate ao ar. Nenhuma rádio em Minas Gerais, durante agitados fins de tarde no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, pôs no ar as vozes em choque de trabalhadores e governo. É uma greve longa, corajosa e sem o mínimo apoio da imprensa. Como a imprensa vive hoje de anúncios governamentais - federais, estaduais e municipais -, sua audiência, seus telespectadores e seus leitores não recebem a informação dos fatos: mais de dois meses de greve. Trabalhadores em luta por uma pequena melhoria salarial. As condições de trabalho não serão melhoradas em função do regime em que vivemos, do capitalismo, que põe a educação em gôndolas de supermercados. O salário, um dos quesitos a serem melhorados - os outros são saúde, moradia e segurança, alinhados a educação e trabalho -, é um ponto apenas da discussão mas, ainda assim, é o obstáculo estabelecido pelos políticos de carreira que aumentam o próprio salário e bloqueiam o acesso dos demais trabalhadores da vida real aos mesmos reajustes. O ano letivo nos colégios estaduais está prejudicado. Crianças esperando uma solução. Pais preocupados com o futuro dos filhos e o governo mentindo na tevê, no rádio e nos jornais. E a imprensa omitindo fatos da vida mineira. Quem estudar o passado pelos jornais de hoje vai encontrar um vazio explicado apenas pela intolerância do poder público e do capital privado.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Arnaldo Jabor chama população para uma revolução

Arnaldo Jabor, comentarista da CBN, convocou hoje seus seguidores e ouvintes para uma revolução contra a corrupção. Ele citou dados divulgados pela central de boatos Veja, do Grupo Abril, sobre corrupção no Governo Lula, para embasar sua revolução. Eu fiquei surpreso! Arnaldo Jabor deu uma volta de 360°. Aliás, Jabor e Lucia Hippolitto fazem uma dupla dinâmica anti-corrupção na CBN. Só falam de corrupção e creem que esse câncer surgiu no Governo Lula. Não estou aqui para defender o PT e Lula, mas essa onde tucana dos dois comentaristas da CBN é tolice. Sabemos que é corruptor e corrompido nesse sistema político viciado pelo dinheiro. E outra coisa: o mensalão não foi criado pelo PT; foi lançado em primeira mão aqui em Minas Gerais pelo PSDB e aprimorado pelo mesmo PSDB em Goiás. O DNA do mensalão tem origem com os tucanos. E mais outra coisa: não recordo agora quem "comentou" hoje - acho que foi a Hippolitto; se não foi ela, foi a Miriam Leitão, outra comentarista da CBN - que a CUT é contra a privatização da INFRAERO, que a CUT prefere a INFRAERO corrupta a uma privatização, uma PPP qualquer na INFRAERO. Perdão: não entendi; a iniciativa privada não é corrupta? De onde vem o dinheiro que corrompe? Das contribuições e do imposto sindical? Eu tenho nojo do "revolucionário" Arnaldo Jabor e das comentaristas da CBN.